O mercado de SUVs compactos ainda continua a crescer e a bola da vez agora é o novo Renault Kardian. Mas você está pensando em comprar um Renault Kardian, sabia que ele usa um sistema de câmbio de dupla embreagem que teve uma versão muito mal falada? Descubra agora se esse câmbio é bom e se o seu sonho pode virar um pesadelo.
Onde a história do Renault Kardian começa
Em janeiro de 2021, a Renault anuncia um plano chamado Renaulution, que é uma estratégia de investimentos para gerar novos produtos. Ademais, na América do Sul, o produto que vai iniciar a estratégia de sete lançamentos é o novo Kardian, um SUV compacto com motor e câmbio diferentes da linha Sandero/Duster.
O objetivo da mudança é realmente distanciar gradualmente dos produtos da Dacia, que é focada em mercados emergentes. Primeiramente, para deixar mais claro a mudança, o Kardian traz uma nova plataforma e um motor 1.0 turbo e um câmbio de dupla embreagem.
Novo corpo e alma
O Kardian usa a plataforma batizada de Renault Group Modular Platform – RGMP, e entre suas principais características, chama a atenção a possibilidade da configuração da distância entre-eixos para modelos compactos e médios/pick-up variando de 2,60 até 3 metros de entre-eixos. Além disso, outra possibilidade que a plataforma oferece e a variação do balanço traseiro, permitindo atender projetos de carros entre 4 e 5 metros de comprimento. Como deu para perceber, a plataforma atende uma gama completa de projetos, e significa menor custo de produção para a marca.
Outra possibilidade que a nova plataforma permite é a eletrificação, mas somente como híbrido leve, híbrido plugin e híbrido convencional. No caso do Kardian, ainda não existe a informação se o modelo vai receber alguma destas tecnologias.
Coração adaptado
O novo Kardian conta com apenas uma opção de motor: TCe 1.0 turbo de três cilindros. Este motor compartilha componentes com o motor TCe 1.3 que já equipa o Duster, Captur (fora de linha) e a Oroch.
Qual a potência do novo Kardian? Seus números são condizentes com os motores turbo de três cilindros desta nova geração e rende a potência 125 cv e 22,4 kgfm de torque com etanol e 120 cv e 20,4 kgfm com gasolina.
Os números de desempenho do Kardian também são condizentes com seu motor: aceleração de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e velocidade máxima de 180 km/h.
Qual é o consumo do novo Kardian? O consumo é outro ponto forte do carro, fazendo as médias de 9 km/l (etanol) e 13,1 km/l (gasolina) na cidade e 9,7 km/l (etanol) e 13,9 km/l (gasolina) na estrada.
O polêmico câmbio de dupla embreagem
Quando a Ford lançou no Brasil o câmbio de dupla embreagem, a intenção e a promessa era que os carros ficariam mais econômicos e espertos. Contudo, por uma escolha de projeto, o câmbio se tornou um problema de nível mundial, com milhares de casos de quebra do atuador e carros ficando parados devido a panes nesse câmbio.
Após muitas polemicas, a Ford fez alguma alterações no sistema e para tentar minimizar o problema, deu uma garantia extra em seus câmbios. Sob o mesmo ponto de vista, o fato é que a escolha do sistema de dupla embreagem ser “a seco” prejudicava o funcionamento e durabilidade do conjunto, garantindo a má fama do câmbio powershift.
A Renault optou por um câmbio de dupla embreagem no Kardian, mas com um detalhe que faz toda a diferença: o sistema é banhado à óleo. Chamado pela Renault de EDC – efficient dual clutch de seis velocidades, o sistema banhado à óleo garante a durabilidade e o bom funcionamento do conjunto de transmissão.
O novo câmbio de dupla embreagem – EDC busca manter as características de consumo de um câmbio manual e o conforto e prazer de dirigir de uma transmissão CVT. A Renault ainda afirma que sua tecnologia EDC já é usada em mais de 1,3 milhão de carros do grupo, sendo utilizada até mesmo na sua divisão de carros esportivos Alpine.
Como é o funcionamento do novo câmbio EDC de dupla embreagem do Renault Kardian?
O funcionamento do câmbio é feito com um sistema eletrônico que comanda cada uma das embreagens, sendo uma embreagem para as marchas pares e outra para as marchar ímpares. O resultado é uma troca de marchas suaves com aceleração rápida.
Outra característica desse sistema é que ao soltar o pé do freio, o carro já entra em movimento, sem a necessidade de usar o pedal do acelerador, ajudando o motorista em pequenas manobras e em congestionamentos.
Com esses atributos, o Kardian tem bons motivos para conquistar seu público e ser um bom carro para o mercado brasileiro. Os motores da Renault têm fama de serem resistentes e de rodar muitos quilômetros, desde que os donos façam as manutenções preventivas, e o câmbio novo tem sua construção realizada de forma confiável, resultando em durabilidade do conjunto motor/câmbio.
Espero que tenha ajudado você que pensa na escolha de um Kardian, mas se ainda tiver alguma dúvida, comenta aqui abaixo que nossa equipe tentará te ajudar! Até a próxima!
